segunda-feira, 31 de julho de 2017

Viagem para BsAs


Antes da viagem
Falamos para a Ana que na Argentina as pessoas não falam português, ao que ela respondeu irritada: "eu já sei... eles falam espanhol"

Nos dias frios de julho a Ana pergunta: "Papai, esse frio tá vindo do lugar que a gente vai?"

E quando mostrei no Google Streetview a estação que a gente tinha que encontrar e descer as escadas para pegar o metrô lá em baixo, ela pergunta: "e por que a gente faria isso?"

Dia 1
Nosso hotel era excelente, próximo ao obelisco, na Av, 9 de Julio.
Tomamos café da manhã no hotel. A Ana gostou de pegar o doce de leite (em embalagem igual à da manteiga) e comer com colher.
Fomos de metrô até a livraria El Ateneo.
Almoçamos no shopping e à tarde ficamos no Museo de los niños onde tinha 3 andares de atrações para crianças.
À noite encontramos um restaurante perto do hotel que servia bife de chorizo barato.

Dia 2
Fomos ao jardim japonês e a Ana ficou perseguindo e fotografando o gato Feliz.
Passeamos no Rosedal, mesmo sem flores, mas a Ana disse que lá era mais bonito que São José e queria viver lá para sempre. Mas depois disse que mudou de ideia.
Não havia sinal de wifi para pedir um carro então encontramos um taxi na rua que nos levou ao Museo de bellas artes. A Ana tirou bastantes fotos e estranhou porque tinha tanta gente pelada.
À noite passeamos à pé pela Av. Corrientes e Lavalle, onde vimos o único casal dançando tango na viagem. A Ana ficou olhando maravilhada. A partir de então, toda noite no quarto de hotel ela ensaiava uma dança para a mamãe filmar.

Dia 3
Fomos à feira de San Telmo conhecer as antiguidades. Comemos empanadas.
Fomos à pé até a plaza de Mayo. A Ana, não conseguia mais andar e portanto ia de "carro-papai", ou seja, no colo, e por eu dizer que também estava cansado ela dava beijinho na bochecha de agradecida.
Depois fomos a um museu que era da antiga muralha que protegia BsAs, na verdade entramos só para achar um banheiro, mas o passeio foi interessante.
À tarde passeamos em Puerto Madero e entramos na fragata Sarmiento.

Dia 4
Havíamos mudado os planos para neste dia irmos de trem à cidade de Tigre. Estava muito frio e pouco aproveitamos. A Ana ficava andando com o mapa da cidade na mão como se ela soubesse aonde estava indo.
À tarde a Alessandra e a Ana sairam sozinhas para tomar café e compraram um brinquedinho de urso amarelo que a Ana adorou.

Dia 5
Último dia de viagem. Andamos pela Florida e Galerias Pacifico. Comprei um livro para mim e adesivos para a Ana, os quais ela chamava de "cartinhas" de tema animais e bonecas.
Fomos de metrô até o museo de ciencias naturales. Tinha um jogo para crianças que era encontrar os pássaros no museu iguais às fotos que eles entregaram impressas em papel. Foi um pouco demorado, pois a Ana não aceitava que havíamos encontrado o pássaro se ele não estivesse com a pintura das penas exatamente igual, a posição no galho e até o formato do galho. Tentei passar um pombo comum por um pombo de uma espécie um pouco diferente que havia na foto e ela não aceitou.
Tomamos café da tarde no nosso restaurante de todas as noites, e de lá chamamos o carro para nos levar embora até o aeroporto.









domingo, 9 de julho de 2017

Lições sobre dinheiro

Agora a Ana está se interessando por levar dinheiro para a cantina da escola. Ela fez a primeira compra, que eu acho que foi um suco de caixinha. O troco veio para casa lacrado em um envelope da escola.

Compramos para ela umas notas de dinheiro de brinquedo e uma carteira. As notas são muito bem feitas e quase se confundem com as de verdade, mas têm a inscrição "sem valor". Aproveitei para explicar que para comprar tudo o que ela quer precisa trabalhar e ganhar muito dinheiro. Estava explicando que os trabalhos onde se ganha mais dinheiro são aqueles mais difíceis. Perguntei: o que é mais difícil, construir um avião ou fazer um sapato? ao que ela respondeu avião. Então eu disse: quem trabalha fazendo avião ganha mais dinheiro do que quem faz sapato. Então você tem que estudar para saber fazer coisas difíceis.

Como ela está querendo mudar para uma casa maior, explicamos que comprar uma casa custa muito dinheiro. Daí perguntamos: o que custa mais, uma casa ou um carro? E ela respondeu a casa. Perguntei em seguida: um carro ou uma televisão, o que custa mais? e ela respondeu a televisão...

Isto me lembra quando a vovó deu 50 reais de presente de páscoa e a Ana quis logo de cara comprar um pacote de bala no mercado. A gente explicou que assim ela teria menos dinheiro para comprar o presente e ela disse que tudo bem. Então nas lojas Americanas ela gostou de um brinquedo que custava justo 50 reais e eu disse: "você tinha o dinheiro e poderia comprar, mas agora que gastou um pouco com a bala, não tem mais dinheiro suficiente. Sinto muito."
Mamãe ficou com pena e quis emprestar o dinheiro para ela para poder comprar o que queria. Lógico que não concordei. Mamãe... logo cedo ensinando às crianças como se endividar...

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Os Valentins


É a primeiro programa de televisão que acompanhamos em família, a mini-série Os Valentins, de que todos gostam de assistir e quando acaba ficamos à espera o episódio do dia seguinte. Também é o primeiro programa que a Ana assiste que cada história não tem começo e fim, tem que ir juntando os pedaços de cada dia e controlar a ansiedade de descobrir a continuação.

A Ana gosta da personagem Betina, e eu gosto do menino Téo. A mamãe acho que gosta das maldades do professor Randolfo ou então da vovó Reggae quando ela fala "Crianças...".

A Ana outro dia estava brincando com os dois coelhos de pelúcia e cuidava deles, então percebi que ela fingia a mesma história do seriado: os pais dos Valentins haviam se transformado em ratos. Neste caso, então, os pelúcias da Ana seriam eu e Alessandra transformados em ratos.



Quando termina peço para ela vestir o pijama e escovar os dentes para dormir, mas ela diz:

- Mas eu ainda estou pensando no que eu vou querer comer.

Geralmente sai umas bolachas. Há um tempo atrás era leite com chocolate quente.