quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A pintura da margarida

A falação sobre a pintura que a Ana Carolina tinha feito de uma margarida começou na reunião individual com Miss Anaile. Ela comentou que a Ana tinha feito uma pintura na aula da professora Jaque que causou repercussão entre os professores. Disse que ele estava exposto na secretaria, e de tanto ela falar ficamos curiosos para ver o que a Ana tinha feito. Só que a arte já não estava mais lá. Teria sido transferida para outro local.

No outro dia a professora Jaque que falou que descobriu que a Ana não era uma menina tímida, mas sim observadora. Citou como exemplo da pintura da margarida. Disse que aprendeu muito com esta história. A história foi assim:

"A Ana não fazia parte da atividade de pintura. Ficou olhando as crianças desenharem, aí pegou uma camera e ficou fotografando as crianças trabalhando em seus desenhos de uma margarida que estava exposta de modelo.

No dia seguinte a Ana pediu para fazer a margarida também. Só que ela se sentou de costas para a margarida e desenhou tudo de cabeça. Depois pintou. A professora falou que era a margarida mais bonita que ela tinha visto, pois não era só uma margarida pintada, mas era a margarida que estava na cabeça da Ana Carolina."

O processo foi todo documentado em fotografias, que estão colocadas em destaque em sua sala de aula.



A professora avisou que não poderia nos devolver a pintura na pasta de artes porque ela gostou tanto da atividade que os trabalhos dos alunos seriam encaminhados para um projeto em uma escola em São Paulo, e a pintura da Ana era a primeira da coleção.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Fim de semana do avesso

Este fim de ano está de pernas pro alto. Na semana antes da apresentação de natal da Ana comecei com uma dor de cabeça por causa do ar condicionado. Daí fiquei com febre e depois dor de garganta e fraqueza por não conseguir comer direito. A Alessandra também teve a mesma coisa, porque ela não consegue ficar para trás. Ficamos no fim de semana tentando descansar, e ao mesmo tempo cuidar da Ana, e ao mesmo tempo evitando ficar com a Ana para ela não se contagiar. De alguma maneira conseguimos.

Na segunda feira a Ana estava sem nenhum contágio e foi ensaiar o teatro, a Alessandra ficou fazendo as coisas para ela e eu fui trabalhar porque estava melhor de tudo. Meu pai e a Celia vieram de São Paulo para assistir ao espetáculo e iriam me buscar às 17h no serviço. Foi então, depois de eu já ter desligado o computador que a Alessandra ligou, não para dizer que estava chegando, mas para dizer para eu voltar de ônibus porque o olho dela estava fechando e se ela não melhorasse não poderia ir. Quando cheguei em casa ela já estava melhor.

Fomos ao teatro, a Ana se apresentou de Wendy do livro Peter Pan. Ela estava muito concentrada no personagem dela. Fez danças de roda com as outras crianças da classe, corrigiu os que faziam errado, e no final quando voltou para a música final nos viu na plateia e ficou dando tchauzinho. Quando fui busca-la no palco ela veio na minha cabeça.


20142015

Jantamos no restaurante e ela quis comer macarrão, brincou de colocar canudo na boca e assustou a moça do restaurante, abraçou o Olaf inflado que estava na entrada, junto com aviões e com o Papai Noel.


A Alessandra estava com muita dor no olho e quase não conseguiu comer por não enxergar que havia comida no prato. A noite ficou rindo e chorando. A Ana quis abraçar, mas não queriamos que ela tivesse contato.

No dia seguinte tudo voltou ao normal, trabalho, escola, mas, o meu olho estava um pouco mais vermelho, apesar de não coçar nem doer. O médico falou para fazer uma consulta só para não ver se era conjuntivite, mas se não fosse eu poderia voltar ao trabalho. A Alessandra veio me buscar e aproveitou para se consultar também com o dr. Rui, para termos mais informações sobre o que podia ser o olho vermelho. A diferença era que o meu olho estava vermelho enquanto o da Alessandra estava branco, mas fechava e coçava. A conclusão foi que eu estava com conjuntivite e ganhei uma semana de licença do serviço para me curar e a Alessandra não estava com nada de vírus, mas como não consegue ficar para trás, está apresentando todos os sintomas que eu deveria estar. Até pediu para eu ir busca-la no serviço mais cedo... FIM