sábado, 21 de março de 2020

Primeiro fim de semana em casa


Chegamos no primeiro fim de semana de isolamento por causa do Covid. Iniciamos o regime na tarde da segunda feira 16 de março. Havendo feito um teste de como seria ficar em casa no fim de semana passado, imaginei que a sensação de isolamento seria insuportável e teríamos que adiar o seu início o máximo possível. Por esse motivo, a Ana foi para escola na segunda feira. Mas ficamos preocupados e a trouxemos de volta para casa logo depois do almoço. Podemos dizer, então, que começamos pra valer na tarde de segunda.

Depois de um tempo, a maior preocupação, ainda maior do que a de pegar o vírus, era ficar doente por outros motivos e não poder ser atendido. Fiquei preocupado com muitos dias em casa, com o excesso de tv, a falta de exercícios e a falta de abastecimento da casa. Por isso adotamos um regime que incluía exercícios e suco natural em horários programados.

O convívio está sendo melhor do que poderia imaginar. É um tempo de estar com a família. A Ana mostrou-se uma criança legal e divertida e não ficou chateada. Participou das atividades, fez as lições da escola, piano e francês. Chego a dizer que quando tudo acabar bem, sentirei saudades deste momento tão singular, que dificilmente ocorrerá novamente.

terça-feira, 17 de março de 2020

Nosso mundo dentro de casa



Este site foi criado para relatar as experiências pelo mundo afora, mal sabendo que hoje ele irá se dedicar a relatar nosso mundo dentro de casa. Hoje é o nosso primeiro dia de confinamento rigoroso, em que saio de casa apenas 3 vezes para levar o lixo e a Mel para fazer xixi. A primeira saída é muito cedo e a última muito tarde, de forma a não encontrar ninguém pelo caminho.

No elevador e nos portões uso um saco plástico na mão para não ter contato com nada. Mesmo assim, ao chegar em casa lavo as mãos com sabão.


A Ana vai fazer home school. Pegamos seus livros na escola e estamos fazendo todos os dias aulas de matemática, português e francês. Ela parece gostar de estudar, pois quando pergunto: "Agora de manhã você prefere estudar português ou matemática?" ela responde "Primeiro português, depois matemática". Ao escolher a página do livro que ela vai estudar ela pergunta: "qual das duas páginas é para fazer? ". Respondo "as duas" e ela exclama com os braços erguidos: "Oba!".

Nossa rotina também inclui: 2 paradas para fazer ginástica e uma para fazer suco de laranja. Paradas estas devidamente colocadas em forma de alarme nos horários escolhidos. Nas ginásticas a Ana puxa o alongamento com os exercícios que ela aprendeu na escola e depois pulamos para fazer polichinelos.

E assim vamos mantendo, com muito planejamento mas da forma mais leve possível, nossa jornada pelos dias difíceis que seguirão.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Viagem a Florianópolis


A viagem era para ser para o Nordeste, mas as passagens estavam caras. Então fomos para Florianópolis com a vovó.

Chegamos e alugamos um carro. Fomos dirigindo para o nosso Airbnb na praia dos Ingleses.

No primeiro dia, como fez sol, fomos para o Agua Show para garantir. Desci nos tobogãs do índio, da foca e da temível iguana. A Ana gostou de ficar descendo várias vezes no tobogã do pinguim e na do monstrinho.

No terceiro dia, fomo a um restaurante nas Canasvieiras de buffet à vontade a preço fixo. Fui acometido por forte desordem digestiva conseqência de exercer em excesso o direito ilimitado de repetir.

No dia de devolver o carro no shoping Iguatemi, comemos açaí, assistimos um show de patinação e a Ana quis patinar no gelo.

Jantávamos todos os dias no restaurante Don Vitor, a 1,2 km do apartamento. A volta era feita pela areia da praia, bastante iluminada e cheia de pessoas. No dia da patinação a Ana estava tão contente que ficou correndo na praia.

Ah, um dia a Ana ouviu falar de um petit gateau e ficou insistindo para encontrarmos um depois do almoço.

No último dia entramos na água à tarde na praia dos ingleses, ouvindo a música que vinha dos bares que ficavam frente ao mar.










sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O recital de piano


No dia 30 de novembro foi marcado o recital de piano da professora Priscila. Eram cerca de 15 crianças variando de 6 a 14 anos, para apresentar as musiquinhas que elas haviam ensaiado durante semanas para este evento. A Ana, havia treinado o “Lazy Pony”, do livro da Leila Fletcher, música que ela já havia tanto ensaiado que já era capaz de tocar sem ler a pauta.

A vovó Célia veio de São Paulo para assistir, e, chegando ao local do recital, no salão de festas do prédio de uma das alunas, nos sentamos em uma fileira bem próxima ao piano. O início do espetáculo foi atrasado em meia hora, para aguardar a chegada e acomodação de todos os convidados.

A Ana em certo momento comentou que estava ansiosa e disse que queria dar uma volta. Saiu do salão sozinha e, assim que a perdemos de vista, em questão de segundos, voltou chorando com a mão e o joelho machucados. Ao sair da sala ela havia tropeçado e caído machucando justo a mão direita.

Na hora em que ela foi chamada ao piano, devia ser por volta do meio do recital, ela falou para a professora que a mão doía e que ela não poderia tocar. Ficamos tensos com a possibilidade de, depois de tudo, ela não tocar a música que tanto havia treinado por causa de um azar tão cruelmente agendado.

A professora a chamou novamente no final, e aí ela foi ao piano e tocou, mesmo que com uma qualidade pior que o que ela estava conseguindo alcançar nos dias anteriores, mas tocou a música, com ambas as mãos e sem errar. Ficamos aliviados.



quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Mesada e investimentos


A mesadinha da Ana é de 5 reais, que ela recebe cada domingo. Após algum tempo sem gastar, ela juntou 50 reais e queria um brinquedo no dia das crianças, dalí a uma  semana. O brinquedo que ela queria custava 45 reais a versão pequena e 90 reais a grande. Disse a ela que ela poderia usar o seu dinheiro para comprar, naquele momento, a versão pequena, ou então esperar até o dia das crianças, quando ela iria ganhar mais 50 reais de presente, para comprar a grande.

Ela preferiu esperar e, conforme combinado, ganhou 50 reais no dia das crianças. Acontece que, por esquecimento, ou por ter perdido o interesse, ela não gastou o dinheiro, e ficou com os 100 reais na carteira, e, no domingo seguinte, mais 5.

Perguntei a ela se ela pretendia gastar o dinheiro agora, porque se não fosse gastar, eu poderia investir no banco. Disse que o banco pagaria e ela mais 1 real a cada domingo, além dos 5 da mesada, totalizando assim 6 reais por semana. Ela gostou da ideia, mas ficou preocupada se o banco iria devolver o seu dinheiro. Eu disse que quando ela precisar era só avisar que o banco devolveria, e assim tirei o dinheiro da carteira e ela agora passará a receber 6 reais por domingo.


segunda-feira, 22 de julho de 2019

Viagem ao Sul de Minas e BH - parte 2


Depois seguimos viagem para Belo Horizonte, mas antes paramos no caminho para conhecer as estátuas do Aleijadinho em Congonhas.

Na chegada a Belo Horizonte fomos ao Mirante das Mangabeiras ver o por do sol. Depois jantamos na Savassi e fomos para o apartamento da Daisy, filha de d. Leninha que nos recebeu com balão de boas vindas e ficou nos contando a história de sua recente viagem.

Quando chegamos à casa de d. Leninha no dia seguinte, ela quis nos levar de carro, com seu motorista, para a lagoa da Pampulha.

O fim de semana foi praticamente todo com a família dela, onde almoçamos e ficamos conversando. Fomos juntos à praça da Liberdade onde tentamos ir a uma exposição de animação, mas acabamos indo em outra, também interessante, que não tinha fila. A Ana adorou brincar com seus primos de 4o grau.

D. Leninha nos chamou em seu escritório para contar suas histórias de família e nos presenteou com o galo do tempo e com uma moeda de 1821 que seu pai encontrou em uma escavação em Recife. Ela sabia de minha coleção de moedas...

Na volta a São Paulo, ficamos um dia em São Tomé das Letras, a terra da aparição de ETs, onde vimos cachoeiras e grutas. No nosso chalé havia a estátua de um ET dando as boas vindas.










Viagem ao Sul de Minas e BH - parte 1


Nestas férias o plano era viajar pelo Sul de Minas, mas acabamos indo até Belo Horizonte visitar a d. Leninha e sua família.

A viagem começou fraca. Fomos a Cruzeiro passar o 9 de julho e a cidade é muito feia e o museu estava fechado. Dormimos em Cachoeira Paulista, em uma pousada cara e o que salvou foi visitar a cidade da Canção Nova e assistir o pedaço de uma missa.

No dia seguinte fomos a São Lourenço, onde visitamos o parque e bebemos muita água de fonte. A Ana quis andar de charrete, então fizemos o passeio. À noite, procurando um ligar para jantar, acabamos achando uma igreja bem interessante.

Na manhã seguinte fomos a Caxambu visitar outro parque de águas. Gostamos também e fizemos outro passeio de charrete e o moço nos levou a um lugar que onde Ana pode montar um poney.

Depois viajamos a São João del Rey e a Ana vomitou no carro. Paramos para trocar as roupas dela e eu fiz uma limpeza do cadeirão dela utilizando folhas de mato presentes no lugar onde paramos. São João del Rey é interessante por uma igreja antiga que possui.

À tarde fomos para a vizinha Tiradentes, muito ajeitada, com igrejas e ruas de pedra. Lá tiramos o passaporte da estrada real para a Ana, apesar de que muitos carimbos de cidades anteriores tivemos que colocar em uma folha de papel avulso.

A pousada de Tiradentes foi uma das melhores: barata, simples e agradável. Pedimos pizza no jantar e comemos no quarto por causa do frio.

Fomos ao museu das Anas, onde havia milhares de estátuas da Santa Ana e lá tomamos café gourmet.